miércoles, 20 de abril de 2011

É crônico

Demorei para colocar as palavras, porque dava esse nózinho na garganta. Mas tava tudo pronto na cabeça. Foi na semana passada. Vou redatar, tal como foi aquele dia.

Hoje eu vi a Neca na porta da escola da Emilia.Vinha ela descendo, com seu andar mole e apertando os olhos pra enxergar.
Quando voltava para casa, vinha pensando nela que estava ali, e como doía esse nó.
Ultimamente tenho visto todo mundo. Até clientes da locadora, companheiros da faculdade, gente da rua mesmo.
Também penso muito nessa menina, dos olhos maravilhosos e da ternura encandilada em pessoa.
Naquele senhor barbudo de voz grave para quem eu sou toda amor.
Estes últimos dias sempre busco acompanhar a avó de uma companheirinha da Emi. Ela tem 46 anos uma pele bonita um cabelo curtinho e de cachos. Não tem o nariz perfeito como o daquela, mas tem no rosto essa paz familiar que me faz  falta. Tem uma filha de 28 e uma netinha de 2 anos. Sempre volto com ela, para ver ao vivo a  lembrança.


O que sinto já é totalmente crônico.

Estes sonhos

De novo, acordei com essa impressão. Esse mal humor. São esses sonhos, sabe, esses que parecem que foram reais e têm esse fim com moral e tudo.
Estava eu lá, novamente diante de decisões. Tinha que ir à Universidade. Decidi arquitetura.
Chovia, havia barro, eu tinha que tomar banho, o banheiro estava ocupado, meu pai comprou um trem pra minha mãe e aquele cara que acompanhou em inocência meus sentimentos, desde a infância até que ele se casou, também estava lá, fazendo-me lembrar que tive que tomar muitas decisões enquanto ele vinha e ía, estava e desaparecia.
Extranho não? Foi sonho, não pesadelo, mas a sensação que ficou é de pesadelo. Essa serpente de decisões.