jueves, 30 de junio de 2011

Só você fala minha língua

Essa estrangeira, que talvez jamais venha
ser inteiramente a língua para mim, no
sentido que o é minha língua materna,
desestrutura o meu pensar, desorganiza
minha sintaxe, rearruma espaços, cria
efeitos de sentido novos, insuspeitados no
meu dizer o mundo. Falando outra língua,
sou em outro lugar, faço sentidos diversos
do que faria se só conhecesse a minha’.
(PIETROLONGO, 2001, p. 196-197).

Se só conhecesse a minha, comeria só na minha, sentiria só na minha e ignara deambulante, não pensaria nessa tua. Ao abrir diminuta caixa, deste click de sabiduría, passo a psiconalizar ou psicopatear tua língua minha língua.
Na tua me desenvolvo como minha. Na tua rio só, canto só, penso só. Vivo igual.
Na minha vives tu, vem aqui, mostra pra mim, tua língua na minha.