domingo, 16 de septiembre de 2012

INTRODUÇÃO

Engoliu  e sentiu como a saliva arranhava a garganta. Ardor, molestia.
Abriu os olhos e sentiu como doíam as pálpebras. Quando as apertava, voltava com uma forte dor de cabeça e vertigem.
Doía o peito, faltava o ar.
Tudo o que não foi dito, palavra por palavra, letra por letra caía e quase não passava, e já com inflamação lhe faltara a voz.
Essas palavras não ditas se transformaram em gotas de lágrimas venenosas, chorou até encher a cabeça de sofrimento que tampouco aguentou e transferiu tudo às veias. .. que se encarregaram de irrigar o resto do corpo com profundo desespero.
A angústia lhe sufocava, não podia respirar.
durante anos ocultou o que sentia...
mas estes não eram quaisquer sentimentos. Eram  verdadeiros, eram enormes, tão grandes que a alma não suportou e deitou neles o corpo que agora padecia.
Era terminal, era o último momento.
Estava apaixonado e já nada poderia ser feito.