lunes, 17 de diciembre de 2012


Charla en un bar en la estratosfera…

 

Otro día quiero verte

para hablar de la situación del calentamiento global

si puede ser con el hombro tapado mejor

 porque me desconcentro

no

hace imaginar

no,

tenes razon

soy facil

 me conformo con un hombro
Eu também quero falar do fim do mundo...

O mundo começou a acabar dia 6 de janeiro. Deu seu indício, seu sinal de princípio do fim aquela tarde. Fazia 50 graus na sombra, ventava horrores.
Foi acabando em fevereiro.... rompendo aos poucos, sacudindo estruturas, nos deu o dia mais triste dia 12 de março.
Continuou como tsunami sua passagem.... foi levando gente em maio, destruindo obras recém construídas.
Nos levantamos em junho, fingimos que não estava acontecendo nada, limpamos os destroços, comemoramos novas idades. Demos um pulo a julho, começamos a remar em um remoinho, um barco pequeno, uma pessoa só.
Agosto nos traría boas novas... e foi uma brincadeira diabólica, as boas novas trouxeram tristes, nos cutucava o hombro a parca sarcástica. Foi vencida, mas parecería que ao se distanciar, deixava implicito um olhar de vingança.
Este ano me mostrou até onde somos capazes de ir por aquilo que desejamos, até onde somos capazes de ir por manter uma cara de pedra, fria, seca, imóvel.
Me mostrou novamente que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.
Me mostrou que nunca, nunca, jamais você poderá confiar cegamente em ninguém.
Este ano touxe desastres ao país, até na inundação caminhei... e me molhei 800 vezes mais.
Este ano não terminou e até roubada eu fui. Eu que tantos anos morando aqui sempre contei vantagem de jamais ter sido parte de um sucesso desta índole.
Este ano não terminou e foi e tem sido um dos piores anos de minha vida.
Mas este ano, estes 365 dias eu fui feliz porque em todos eles acordei com minha filha sã, salva, sorridente e do meu lado. Motivos me sobram para seguir.